Perde a sina que guia e oscila na via que leva à crer
Reta que tangencia no espaço em degradê
Onde será que vai, será meu lugar?
Será que vai ser?
Que será?
Festejar! Um espaço na cultura popular
Chapéu panamá num é de panamá
Cascata num é cascata em bogotá
Ziguizira, zumbizeira, bebedeira, despachada
Armadilha, brincadeira, trapalhada, cachoeira
Gota d’água na fogueira
Chapéu panamá num é de panamá
Cascata num é cascata em bogotá
Tá lá a tabaca pra cochiar
Dendê, pimenteira que faz arder, pra valer
Perseguida, ritmeira, clementina, capoeira
Caçarola, quebradeira, navalhada, gemedeira
Realeza da baixada
Muquirana, palha de cobrir do céu
Véu de coibir mistérios
Calibra no ar o oscila suspiros
Desejos dementes por algum acaso
Veja bem o que é pra ser
O que tiver de ser terá
Fuligem de paisagem viva
Resquícios fúteis de verdade
A verdade nula, póstuma
Compreendida no firmamento
É terreno, terráqueo
Toposferas ao redor
Abraço molhado de nuvens
Pra onde vão os sonhos?
Mais uma trova na terra
Mais um poeta magro, faminto
A distância dos planetas
As incabíveis medidas
A náusea, a conseqüência
As terríveis batalhas de um herói do submundo